Eu sonho com as suas mãos
e num vento fraco e morno, num soturno grau,
um contorno.
eu olho
eu sonho
eu velo
a céu suponho.
-um véu eu ponho.
Continuando a sorturno grau
- o contorno
que me remete a estado de vazão
de evaziva estação
vazias estão
as mãos com as quais sonho.
Um barulho surdo
eu me enconlho a frio
um olho sutil
me mira de cima
brilha de rima
astro civil.</
Volga
A Olga escondia algo
a Olga nadava no lago
e via tudo.
A Olga ia muda e falava ao mundo.
A Olga gostava de ir fundo
no lago
e no mundo gado
vida gorda
presente aceito
de bom grado.
A Olga escondia algo
do mundo.
Forte logrado
oeste arrebolado
leste forjado
arrebol
no mundo, a Olga escondia algo
a sol.
A Olga remediava sul
consertava este
se virava norte
sorte
sorte não perder assim
solte não perder o fim
sorte.
Corte em mi
Eras
Me sinto percorer um meandro vazio.
Um fio tênue entre tuas pernas e bocas alheias. Que querem me comer. Me acabar.
Escondendo minha mente
falo onde quente
quem te esconde?
quem te diz onde?
Quem me fez? responde
queime meus olhos
lâmina vil.
Me corta e frio.
Possibilidades
Precisando de estímulos, peço a você que me dê palavras novas, novos arranjos, e nem precisam ser coloridos, eles matizam-se por conta própria.
Aproveite que minha estesia hoje foi trocada por orgias.
Não quero o belo, quero um apelo.
Não quero um singelo, quero um espelho.
Eu olho para suas flores e pago pra ver até que ponto me faço acreditar. Até que ponto acredito te amar.
Talvez seja ânsia pela imparcialidade e o medo inconfessável e a toda hora c
Sobre cinismo
Do ralo que me esgota
e me leva pro esgoto.
teu gosto.
Gosto de quando me diluo e sinto minha superficialidade nada básica no chão.
Talvez trágica.
eu sumo
Escassez mágica.
Teu rosto
que me infesta e me incesta de vontades pesadas
de doçura calada
de uma mente exangue e quase em extinção.
Sangria de verdades
glóbulos de ferro
jorro de maldades.
Me morro em silêncio.
Me corro
meu rastro incenso<b
Tanto faço
Eu errante de abismos.
caminho
Me ponho pra fora de mim.
ladeira abaixo
É apenas paliativo
sem muito motivo
algo que cativo
Abaixo ladeira
eu racho.
Por debaixo da unha
eu rio
me deságuo
eu rio
me desabo
me rebaixo inteira
me desuso e desvario.
Ladeira abaixo
eu racho
Não que eu me concerte
hoje deus não me converte
mas ainda assim acredito na passionalidade
na possibilidade de arrebatamentos com certeza
e nos atos a
Sobre particularidade
No meu paraíso particular você me diz não.
Você recusa tudo que te ofereço.
Sou exclusa e não te merço.
No meu paraíso particular
você não faz amor comigo.
Você se importa com o umbigo.
um escândalo silencioso.
Me diz o que você quer que eu faça.
Me diz o nome da tua caça.
Espero que o meu sonho não se torne realidade.
(de) tao pura perversidade
No meu sonho eu fujo e corro bem rápido.
Eu sujo e mo
Aqui fora dentro
À espera de qualquer coisa
que me dê força
ou me palpite.
Penso lá dentro
e aqui fora tento
me impessoalizar
me imposibilitar
de algo que me irrite.
E aqui fora dentro
tento não me quebrar
tento não me estatizar,
por isso calada.
Não me comprem.
Ainda não estou à venda.
Um...dois...três...
Que o meu sangue não pulsado
já pulsando
pingue em gotas grossas
como chuva de vontade
como plavras de verdade
no teto.
No meio da testa.
Testando você.
É tudo mentira!
Não confira.
É tudo jorrado
asfalto teto telhado
com cheiro doce e enjoativo de fruta de ontem
um cheiro chato e impregnativo
me descontem.
É um ritmo que não sai ca cabeça.
Quase alienação<br /
Ágape
O meu idealismo é muito puro.
A única coisa de Eva que ainda me pertence.
Eu sou muito pura.
O meu idealismo é muito puto
Eu sou muito pu*a.
Não reconheço mais o que vejo
nem o que não vejo
Agnósia
Amnésia
Frenésia.
Eu gosto de inventar o que não beijo.
Eu gosto de acreditar no que minto.
porque eu sinto.
Eu cultivo vícios,
eu perco o início
e não tenho margem.
Alinha à esquerda
De
Cenas
Aquele mesmo amarelo,
a essa altura você já deve saber qual é.
Aquele amarelo que enelva
e me leva
e me lava
amarelada.
Amarela e salgada.
Amarela e apaixonada.
O que me falta é você pra combinar do meu lado.
Eu que não tenho combinação
Já pensou que só você me cai bem?
Me faço tranças,
mexo comigo pra mexer com você
e você mexe com nada
e mexe comigo inteira metade
tarde toda.
<
Do que já aprimoramos
Das suas mãos mágicas que não são videntes.
Me semeiam sorrisos bobos e uma cara tarada que não consigo esconder.
Me intermeiam promessas loucas e tara lavada que não consigo remover.
das suas mãos mágicas que não são videntes
as beijo de olhos fechados,
as suas digitais palatáveis e o seu tato volátil.
Tátil.
Dos seus olhos tão limpos e sem fumaça
dos seus olhares esquivos e de pirraça
dos seus gostos esqu